28 de jul. de 2010

Os jardins da memória - na fotografia

O mundo inteiro começa num jardim qualquer, mas acho que seria mais correto escrever que começa no jardim da memória. Mas qual memória? Coletiva? Individual? Seria possível ser coletivo sem antes ser individual ou seria o contrário, já que somente existo como fruto de um encontro entre dois seres? Tantas pessoas no mundo e tantas por conhecer. E muitas mais que me aparecem na sua ausência... A presença delas nas janelas quebradas, na janela do vidro marcado pela chuva. Elas todas estão ali sem estar. Não poderia ser diferente... Como estar sem elas? E cada vez mais sinto que sou nos outros. No que fizeram, no que vão olhar e sentir do que vou revelar. Mil caquinhos soltos, mas são pedaços que reunem todos os sentidos quando correm juntos todos a minha frente. Não como filmes, pois que na minha mente toda historia é uma e apenas uma fotografia, porque é a imagem única que me cala fundo à emoção.



2 comentários:

  1. .. e tão somente por isso, q possa dizer: q hj sou "mais" por tantos "pedaços" somados a mim...
    Adorei o texto...
    Beijokassssss

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  2. A fotografia tem o dom de trazer o mundo não só para a mente mas, também, para a casa da gente.
    A propósito, amo essa sua foto!É uma verdadeira poesia!

    bjão.

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